Não importa o quanto vai durar, é infinito agora.

domingo, 1 de agosto de 2010

Buenos Aires

No dia da festa da minha formatura, ganhei um presente maravilhoso dos meus amigos: uma passagem pra Buenos Aires.




Bom, nessa semana que passou foi a vez de aproveitá-la...ou como dizem os hermanos: desfrutalo =) Fui acompanhada da Pá, da dinda Anabel e de mais uma turma animada de mulheres.

Chegamos em Buenos no domingo à noite e fomos direto ao nosso hotel- El Conquistador. Apesar do nome de motel, o lugar é bem bacana (e super bem localizado, como descobrimos mais tarde!

Na segunda por la manãna depois de muchas media lunas no desayuño e já empezando a praticar o portunõl, fomos reconhecer o território =)
O Hotel fica na calle Suipacha, só uma rua abaixo da Av. 9 de Julio - a mesma do Obelisco.
Acompanhadas de um mapa da cidade, e com a ajuda de um taxista (que foi quem nos avisou que o mapa estava de cabeça pra baixo!!!!hehe) descobrimos que estávamos bem pertinho do bairro La Recoleta, e que poderíamos chegar até lá a pé.
Depois de uns 10 minutos para atravessar a Av. 9 de Julio (que tem umas 8 pistas pelo que lembro) seguimos nosso caminho.
As ruas da cidade são lindas, e andar por elas é encantador. Tinha a sensação de que eu já conhecia todos aqueles lugares. Não se se foi de tanto ouvir as pessoas falarem de lá, não sei... um certo desassossego =)



"A cidade se embebe como uma esponja dessa onda que reflui das recordações e se dilata. Uma descrição de Zaíra como é atualmente deveria conter todo o passado de Zaíra. Mas a cidade não conta o seu passado, ela o contém como as linhas da mão, escrito nos ângulos das ruas, nas grades das janelas, nos corrimãos das escadas, nas antenas dos pára-raios, nos mastros das bandeiras, cada segmento riscado por arranhões, serradelas, entalhes, esfoladuras." (Ítalo Calvino, As cidades invisíveis)

Mais fácil e rápido do que poderíamos imaginar, estávamos de cara com o cemitério da Recoleta.
O lugar é simplesmente incrível! Os mausoléus são maiores e mais lindos do que qualquer descrição conseguiria alcançar. Mas o que realmente me impressionou é que os caixões ficam expostos lá dentro!! Isso mesmo: a maioria dos mausoléus têm portas de vidro, ou apenas grades e os caixões estão ali pra quem quiser ver, não são enterrados. Nos espaços de algumas famílias, havia mais de 15 caixões no mesmo lugar e na maioria deles, uma escada levava para um outro "andar", esse sim subterrâneo, mas não dá pra ver o que tem por lá... àquela hora eu nem queria ver mais nada, aqueles caixões já tinham me impressionado o suficiente, de verdade!!!




É claro que estando lá, queríamos encontrar o túmulo da 'residente' mais famosa do local: Evita Peron.
Um senhor muito atencioso nos levou até lá. Havia muitas pessoas na frente do mausoléu da família dela, e era impressionante a quantidade de cartazes com cópias de matérias de jornal sobre ela, sobre sua morte que estavam colados por lá. Algumas coroas de flores bem recentes me chamaram a atenção e eu perguntei ao senhor que havia nos levado até lá se aquilo era comum...aí a grande notícia: exatamente naquele dia, 26 de julho, era o aniversário da morte da Evita - 58 anos.
Estava explicada a movimentação. E aí tudo mudou de figura... comecei a perceber que as pessoas estavam em fila, aguardando para se aproximar do túmulo dela para prestar uma homenagem. Um senhor à minha frente, beijou uma placa de homenagem e não disfarçava as lágrimas que caíam e nos deixavam cada vez mais perplexas.
Vivíamos um momento super importante para os argentinos, um dia de lembrar aquela mulher que marcou tanto a história deles. Lindo mesmo!



À tarde, partimos para nosso momento turistas em excursão e fomos fazer um city tour, com uma guia que contava histórias chavão com um sotaque chatíssimo. Apesar disso, passamos por lugares bem interessantes.
Começamos pela Plaza de Maio, lugar lindo e palco de várias manifestações, bem na frente da Casa Rosada.





Partimos de lá para o bairro La Boca, direto para o estádio do Boca Juniors - La Bombonera.
Depois fomos conhecer El Caminito... e foi impossível não se apaixonar! O colorido das casas, das lojas e o tango fazendo a trilha sonora me deixaram encantada. Adorei o lugar... todas nós, aliás, que saímos de lá dispostas a voltar no dia seguinte!!





À noite, fomos jantar em Puerto Madero. Momento marcado por uma "atochada" de um taxista fdp que meteu a mão no taxímetro antes de parar e nos engambelou em uns 10 pesos mais ou menos. Bem que tinham nos avisado...
A janta estava ótima, pelo menos, e fechou com chave de ouro nosso primeiro dia na terra dos hermanos =)



P.S.: apesar de estar escrevendo tudo no mesmo dia, e já em casa, vou dividir os posts pelos dias da viagem, pra não ficarem tão compridos!!!

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